sábado, 20 de maio de 2017

Japão é caro!!! Será mesmo??

 Quem nunca ouviu falar que o Japão é um país caro para se visitar por favor se manifeste aqui. Todas as pessoas que conversam comigo sobre o Japão já vem dizendo que gostariam muito de ir, mas que é um país muito caro. Por este motivo, resolvi fazer um post aqui para esclarecer essa questão e consequentemente fazer com que as pessoas vejam que apesar de ser um pouco longe o Japão é um lugar que está ao alcance de todo mundo que tem o hábito de viajar. E para quem não tem o mesmo hábito, com planejamento podemos chegar em qualquer lugar.

 Duas coisas que eu sempre escuto: "Japão é caro!" e "Londres é caro!". Curioso é que as justificativas são diferentes. Japão é caro porque é muito longe e o custo de vida é alto. E Londres é caro porque a libra é uma moeda muito valorizada. Aconselho que as pessoas pesquisem antes de desistirem dos seus sonhos por algo que as pessoas repetem, muitas vezes sem saber.

 Vamos focar aqui no Japão!

 Passagem:
 Não posso dizer que o Japão é um país barato para se visitar, mas vamos pegar outros países para que possamos fazer uma comparação. Uma passagem de ida e volta para os Estados Unidos custa em média US$1.000, na cotação atual aproximadamente R$3.400,00. Para o Japão em média se paga US$1.300, na cotação atual aproximadamente R$4.500. Com as promoções de passagens que as cias aéreas lançam praticamente uma vez por mês é possível conseguir uma passagem de ida e volta para o Japão por US$820, ou uns R$2.800,00. Ou seja, mais barato do que um bilhete para os Estados Unidos. Uma vez um amigo me disse que falaram para ele que uma passagem para o Japão custava em torno de R$10.000,00, o que fez ele desistir de ir para o Japão. Como podem ver, passagem para o Japão não tem o preço exorbitante como muitos pensam.

 Alimentação:
 Comer no Japão é relativamente barato. Sempre que eu viajo, inevitavelmente acabo comendo fast food as vezes, por conta do tempo corrido. No Japão, uma promoção do Big Mac sai a aproximadamente R$21,00. Alguém sabe o preço desta mesma promoção aqui no Brasil? Estive no Uruguai recentemente e lá uma promoção do Big Mac custa mais de R$31,00. Posso afirmar que, em geral, é mais caro comer no Uruguai do que no Japão. Claro que para as pessoas que buscam restaurantes caros e mais refinados, pagarão mais caro por isso, independente do país onde estão.
  Com certeza algumas pessoas não gostam de comer fast food como o Mc Donald´s, mas no Japão existem fast foods de comida onde uma refeição custa entre R$10,00 e R$15,00 dependendo do tamanho solicitado, e garanto que é o suficiente para matar a fome de qualquer pessoa. Qualquer restaurante onde nos sentamos no Japão, já somos recebidos com copos de água e em vários deles existem máquinas de chá verde que também são de graça para que o cliente possa se servir à vontade. Mas para quem quiser beber um refrigerante ou um suco, também pode solicitar. Neste caso a bebida será cobrada.

 No Japão existem muitas máquinas de venda automática, principalmente para bebidas. Tem de tudo que vocês possam imaginar, desde bebidas geladas até sopas quentinhas no inverno. Uma coca-cola em lata custa em torno de R$3,65 no Japão. Aqui no Brasil, alguns restaurantes cobram mais de R$6,00 pelo mesmo produto. Como podem ver até aqui, no Japão algumas coisas ainda são mais baratas do que no Brasil.

 Hospedagem:
 Hospedagem no Japão também não está entre as mais caras do mundo. Existem vários tipos de hospedagens e o preço varia bastante. Em geral dá para se conseguir um hotel 3 estrelas com um bom atendimento e bem localizado por aproximadamente US$100 (R$340,00) para duas pessoas. Se compararmos com Nova York, Londres ou Amsterdã, a hospedagem em Tokyo é bem mais barata. E como existem muitas estações de trem e metrô em Tokyo, não é difícil achar hotéis próximos a uma delas com um bom preço.

 Transporte:
 Agora vamos falar de uma coisa que realmente custa caro no Japão, que é o transporte. Lá a malha ferroviária é absurdamente grande, atendente a praticamente todo o país. E tudo funciona perfeitamente. Os trens são modernos, as frotas são modernizadas constantemente e todos os cidadão são muito bem atendidos, Tudo isso tem um preço. É caro, mais vale a pena pagar cada centavo por um serviço de qualidade. Diferente daqui do Brasil, onde normalmente pagamos uma tarifa única independente do número de estações que vamos percorrer, no Japão a tarifa é calculada de acordo com o número de estações que você vai passar. Antes de comprar o bilhete na máquina automática, o passageiro já olha para o mapa posicionado acima dos equipamentos e já fica sabendo quanto custa a passagem para o seu destino. Em seguida ele compra o bilhete e segue para o embarque. Após passar na catraca o passageiro deve guardar o bilhete, pois o mesmo servirá para que ele possa sair na estação de destino. Caso ele mude de destino e resolva ir para uma estação mais distante, quando ele for sair pela catraca sua passagem será bloqueada e aparecerá um aviso para que ele vá para o equipamento de ajuste de tarifa. Essa máquina lhe informará o valor a ser pago pela diferença e ele receberá um novo tíquete de saída, podendo assim voltar a catraca e ter sua passagem liberada.

 Mais caro do que os trens normais são os shinkansens, trens-balas. Para ser ter uma ideia, um trecho de Tokyo a Kyoto custa mais de US$100, ou R$340,00. Para quem é turista o Japão oferece a possibilidade de comprar um rail pass, que pode ser usado no período de 7, 14 ou 21 dias, dependendo do tempo que o turista vai ficar no país. O rail pass pode ser usado em quase todas as linhas do país e sai muito mais em conta. O de 7 dias custa aproximadamente US$230, ou R$780,00 e pode ser usado por 7 dias corridos, inclusive em shinkansens com número de viagens ilimitadas.

 Espero que com esse post eu consiga apagar um pouco essa imagem de que o Japão é muito caro e que por isso é um destino impossível. Vamos para o Japão???

 Se tiverem dúvidas, comentários ou sugestões, por favor comentem aqui em baixo.


Nota: Os valores foram calculados com base no câmbio do dia. Podem variar de acordo com o câmbio.